O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, depois de receber relatórios de órgãos técnicos que atuam no município, como a Emater, Inspetoria Veterinária e Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos (Cooptec), decidiu por decretar Situação de Emergência na Zona Rural de Candiota.
Os relatórios estimam perdas de R$ 3.609.000,00 nas produções agrícola e pecuária, além de perspectivas de aprofundamento da situação no caso de se manter o déficit hídrico, estimado hoje em 288 milímetros desde janeiro deste ano.
“Estamos passando da época de plantio de lavouras como as de milho, soja e arroz, e muitos produtores ainda não conseguiram semear, o que pode determinar aumento considerável nas perdas verificadas até aqui”, explicou o secretário de Agropecuária Familiar, Fabiano Oswald. Ainda segundo ele, a situação da pecuária de core também causa preocupações, já que há pouca oferta de alimento para os animais nos campos.
“Isso nos leva a uma perda estimada entre 10 e 12% da massa corporal dos animais, o que os debilita para o inverno, além de apontar para uma redução das taxas de nascimento na próxima safra, já que esta estiagem ocorre em pleno período”, acrescentou o secretário.
Os técnicos da Cooperativa Regional dos Agricultores Assentados informam que a Bacia Leiteira registra uma perda de 35% na produção. Já os agrônomos da Bionatur, cooperativa especializada na produção de sementes ecológicas, adiantam que as perdas nas lavouras de verão estão estimadas em 60% e na de cebola, 20%.
O pior, de acordo com o prefeito Folador, é a falta de água para o consumo humano no interior. “Estamos tentando amenizar a situação com a abertura e ampliação de poços, como fizemos no Passo do Tigre, e levando água em caminhão pipa alugado e bambonas”, declarou o prefeito que estima em pelo menos 600 pessoas com dificuldades para se abastecerem no interior.
A notícia é destaque também nos portais Zerohora.com e Clicrbs.
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