Ja é unanimidade. A Banda Larga estreitou. Esta cada vez mais lenta. E em Candiota não é diferente. E nas vizinhas Hulha Negra, Aceguá e Pedras Altas a situação é bem pior.
Mas por que esta tão lenta?
No caderno Dinheiro da Zero Hora do dia 15 deste mês, em matéria de Marta Sfredo, especialistas atribuem a lentidão a rápida disseminação de dispositivos de acesso e da carga da rede com conteúdos cada vez mais pesados aliadas a lenta capacidade de ampliação das redes.
De acordo com Rodrigo Dienstmann, Diretor do segmento de operadoras da Cisco, empresa especializada em equipamentos de rede, ha três anos quase só se usava desktop conectados, hoje temos um grande aumento de notebooks, tablets, smartphones e vídeos com mais qualidade e maior duração.
Demi Getschko, Diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação (NIC) do Comitê Gestor da Internet no Brasil(CGI), explica que a locação de recursos para a banda larga é feita de forma estatística, ou seja, considera que nem todos vão usar todo limite contratado o tempo todo e admite que o aumento de demanda causou um desequilíbrio no modelo de negócio:
- Com mais gente na rede e a mudança recente do tipo de tráfego, é possivel que não tenha sido provisionada capacidade suficiente.
Acrescenta ainda, que a própria definição de banda larga começa a sofrer mudanças. Afinal, o que custumava ser mais do que suficiente para transmitir e-mail e acessar textos hoje precisa suportar imagens e vídeos 3d em alta definição.
- Hoje a melhor definição de banda larga é dar aos integrantes na rede uma conexão de qualidade, sempre disponível e conectada.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do consumidor (Idec) a internet no Brasil é cara e lenta.
Mas pode melhorar?
Como não havia regulamentação, vale o que estava previsto nos contratos de serviço, que em muitos casos somente obriga a provedora a garantir 10% da velocidade contratada. Ou seja, se você paga por um plano de 10 Mega (Mbps), o compromisso da empresa é fazer você navegar em 1 Mega.
No final do ano passado a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que provedores de acesso passarão a obedecer metas mínimas de qualidade apartir de novembro. Então como fica:
As operadoras com mais de 50 mil usuários apartir de novembro terão de garantir uma velocidade instantânea de no mínimo 20% da velocidade contratada e uma velocidade média de 60% da contratada e assim gradativamente até 2014.
Com a implantanção do Plano Nacional de Banda Larga pelo Governo Federal, que busca a universalizar o acesso a internet no Brasil e ainda reduzir o custo de acesso, a previsão de aumento de trafego na internet para o Brasil é quase o dobro da média mundial, 52% ao ano. A infra-estrutura ainda terá muito o que melhorar.
A critério de comparação, a Coreia do Sul é um país no qual 97% da população tem internet grátis, de 2 megabits, mas, se o cidadão quiser uma conexão mais rápida, pode pagar US$ 25,00 o equivalente a R$ 47,00 por mês, por uma banda de 50 megabits. Dai pra frente, o preço mensal vai aumentando na base de R$ 1,00 por megabit.
Imagine ainda que o governo deste país investirá, este ano, US$ 24 bilhões na sua infraestrutura de rede para, em 2013, oferecer internet a 1 Gigabit.
Para exemplificar: a 1 Gigabit é possível baixar um DVD completo (4,7 GB) em ± 50 segundos.
Quando chegaremos a este padrão?
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