quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O PDT perdeu o rumo

“O próprio presidente reconhecendo ter cometido sérios erros de comportamento. Decisões acertadas e, dias após, mudadas unilateralmente, de forma autoritária, personalista, monocrática e antidemocrática com que conduz o PDT.

Pessoas merecedoras de minha maior consideração apelaram para que eu refreasse estas críticas, em razão da fragilidade de sua posição e da necessidade de que o PDT estivesse unido para situar-se de novo no cenário político e na sua própria participação no Governo.
Mas que, como provam os fatos de hoje, parece que não existem, quando se trata de controlar apetites.

A fome de poder e a falta de decoro ao buscá-lo podem fazer bem sucedidos os pequenos golpes de esperteza.”

Calma. Antes que comecem a tirar conclusões impertinentes, quero esclarecer que o texto acima não é sobre o PDT de Candiota e sim sobre o PDT nacional, sob a óptica do Deputado Federal Brizola Neto. Entretanto, por oportuno salientar, não esteja proibido de se achar: Lá, Tal como Aqui.

E acrescente-se mais, a bem da verdade, “não se faz acordo de cavalheiros com quem não é cavalheiro.”

O exemplo, citado por Brizola Neto, reforça minha convicção de que a melhor divisão para as pessoas não são suas convicções políticas, mas seu caráter.

Leiam na íntegra o que diz o Deputado do PDT, sobre seu presidente, em artigo publicado em seu blog, na última segunda-feira: 


Por: Brizola Neto
Deputado Federal do PDT

Há um mês, Carlos Lupi deixou a presidência do PDT.
Na ocasião, todos aplaudimos sua decisão de reconhecer que não tinha, depois de tudo o que aconteceu, condições de representar o partido nas tratativas com o Governo, do qual o PDT é integrante, embora esteja fora, neste momento, de qualquer cargo de primeiro escalão.
O próprio Lupi reconheceu ter cometido sérios erros ao comportar-se como se comportou diante da ofensiva da mídia.
Muito daquilo de que o acusavam se mostrou falso ou insignificante. Outros fatos, porém, criaram constrangimentos verdadeiros.

Faltou-lhe, numa palavra, a postura política condizente com a situação de Ministro de Estado.
Naquela ocasião, foi acertado que seu eventual retorno à presidência do Partido dependeria de uma reunião do Diretório Nacional, no dia 30 de janeiro.

Hoje, vinte e um dias antes da reunião acertada, e unilateralmente, Lupi decide voltar à presidência do partido numa decisão surpreendente. Uma reunião da Executiva - para a qual fui convocado no final da semana passada, registro, mas que até por isso teve muitas e importantes ausências - tinha como pauta as eleições municipais e, como me disse o próprio Lupi, ao telefone, seria uma troca de ideias sobre o debate que teríamos no final do mês.
A caminho da reunião, leio declarações de que estava tudo acertado para que ele reassumisse, hoje, a presidência do Partido.

Diante disso, parei antes de chegar ao local da reunião e desisti de comparecer a um debate “de mentirinha”, adrede preparado para um único resultado.
Desde o início, jamais me associei às acusações de ordem moral a Carlos Lupi na gestão do Ministério, embora até neste campo algumas de suas atitudes o tenham vulnerado.
Minhas divergências com ele eram de outra ordem: a forma autoritária, personalista, monocrática e antidemocrática com que ele conduz o PDT. E o que fez hoje só mostra como isto está acontecendo.

Pessoas merecedoras e minha maior consideração apelaram para que eu refreasse estas críticas, em razão da fragilidade de sua posição e da necessidade de que o PDT estivesse unido para situar-se de novo no cenário político e na sua própria participação no Governo.

Concordei com a necessidade desta trégua em nossas divergências internas.
Mas, infelizmente, Lupi a rompeu, movido pela sua ansiedade incontrolável de enfeixar em suas mãos o controle absoluto do partido, que, por definição,deve ser democrático e aberto.

Repudio esta atitude que desrespeita um entendimento político sereno e consensual que levou ao pacto firmado há um mês.Pacto que pressupunha grandeza pessoal dos que o firmaram e a colocação do interesse e da unidade partidária acima de todas as conveniências políticas de qualquer um de nós. 

Mas que, como provam os fatos de hoje, parece que não existem, quando se trata de controlar apetites.

A fome de poder e a falta de decoro ao buscá-lo podem fazer bem sucedidos os pequenos golpes de esperteza.
Mas que logo revelam a pequenez de quem os pratica.

Um comentário:

  1. O Presidente da Câmara de Vereadores de Candiota CELSO SANTOS, CONVOCOU os 9 vereadores para apreciarem e votarem 38 ou 39 projetos de leis originados do Executivo que se aprovados autorizara]ao o executivo a gastar 8 MILHOES DE REAIS, noticia divulgada pela TP de 18/01/12.

    Sabe-se que os Vereadores estão em período de recesso parlamentar até 15 de Fevereiro de 2012. Mas estão porque toda essa presa?

    O Vereador Celso Santos recentemente elegeu-se Presidente da Câmara com planos e estratégias políticas arquitetadas pelo Falador. Agora cabe ao Celso ajoelhar-se diante da vontade do seu senhorio.

    Trata-se os referidos projetos de um PACOTE ELEITOREIRO que visa a TENTATIVA de reeleição do atual governo.

    E toda essa presa é a forma astuta do PT tentar atropelar a aprovação dos projetos sem a participação dos eleitores e sem a apreciação devida e prevista na lei orgânica municipal.

    Cabe aos nobres Vereadores, que são nossos representantes, o dever ou até mesmo a obrigação de dar publicidade e ampliar o debate desses projetos de forma a serem utilizadas essas verbas em prol da comunidade e não em prol de um projeto pessoal e político do prefeito.

    Falador tem presa! Precisa aprovar os projetos sem demora, para poder licitar e começar as obras. Que todos nós abemos ficarão pela metade, pois logo chega o inverno e a ação da lei eleitoral limitará as ações politiqueiras. Então ele tem pressa. Mas os eleitores vão permitir a QUEIMA de autos valores financeiros sem o mínimo de transparência?

    A verdade é que o Governo tem maioria política na Câmara. Mas as eleições de 2012 valem também para os atuais vereadores que se fizerem besteiras e se encantarem com as ofertas do executivo podem comprometer fatalmente seus projetos de reeleição.

    Estamos atentos!

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