Garota verão em uma Prainha improvisada

É incrível que a nossa Prainha, ao longo de décadas, resisti a todo esse tempo, passado 40 anos desde a construção da barragem, como sendo o principal e mais visitado ponto turístico do nosso município, mesmo sem a atenção necessária e as mínimas condições de infra-estrutura.

Candiota, o berço da revolução Farroupilha, pólo carbonífero, energético e cimenteiro, município de uma grande riqueza histórico-cultural, cidade pólo de geração de empregos, ainda não despertou para a industria do turismo, interessante para ser explorado sob o aspecto econômico e necessária para o lazer da comunidade em geral.

Todas essas potencialidades, em especial da prainha, fizeram com que a cidade se destacasse e despertasse o interesse de milhares de pessoas que, mais uma vez, super lotaram as margens do grande lago, no último fim se semana, quando da realização do concurso Garota Verão/2012.

É lamentável que os turistas cheguem à nossa cidade, repletos de entusiasmo, e não podermos oferecer uma estrutura sustentável suficiente para atendê-los com eficácia, deixando a desejar desde o estressante engarrafamento de carros, passando pelas questões sanitárias e mão de obra pouco qualificada, que causam prejuízos ao crescimento do turismo no nosso município.

Um turismo sustentável é fruto de um despertar de consciências, que busque diariamente a qualificação dos serviços oferecidos e, consequentemente, gerando lucratividade e principalmente a satisfação dos munícipes e visitantes.

Para atingir esse progresso precisamos eliminar definitivamente as improvisações de última hora, trabalhar com um planejamento em longo prazo, e não de duas semanas como ocorreu no caso do evento da Garota Verão.

É necessária uma consciência ecológica e sustentável mútua ocasionando uma mudança de mentalidade, investimentos e acessibilidade a profissionalização por parte de todos.

Do empreendedor comerciante em investir em seus funcionários para o melhor acolhimento do turista e por parte dos trabalhadores em investir na educação profissional.

Da Prefeitura a qual se preocupe em deixar a cidade bonita, enquanto, por exemplo, na Prainha - que é um belo local para visitação turística - temos um estrada de acesso (Miguel Arlindo Câmara) tomada de lixo industrial a céu aberto.

Assim fica claro que embora tenhamos as indispensáveis improvisações do “Tatú Magaíver”, nossas ações de marketing turístico ainda são da “era da pedra lascada”.

No próximo verão, outra vez, Garota Verão, prainha super lotada, muitas coisas a festejar, mas quiçá sem os problemas e mazelas de todos os anos.