quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Candiota ainda contabiliza estragos causados pelas chuvas

Segundo dados da Companhia Riograndense de Mineração, nos primeiros 23 dias do mês já choveu 510 milímetros, quase quatro vezes a média histórica do mês e um pouco menos da metade da média anual no município, que gira em torno de 1.200 milímetros.

Grande parte dos prejuízos concentra-se nos cerca de 300 quilômetros de estradas e corredores do interior. Entre pontilhões e bueiros danificados, o secretário de Obras Públicas, Artêmio Parcianello, quantifica cerca de 80 pontos com problemas.

Além disso, houve o rompimento da cabeceira da ponte que liga os assentamentos Companheiro João Antonio e Paraíso. A cabeceira da ponte do Passo dos Carros apresenta problemas, assim como as pontes dos arroios Poacá e Quebra Junco.

“Felizmente, a nossa Estrada Geral, em que pese alguns problemas, está dando condições de tráfego, mas temos certeza de que precisaremos investir uma grande soma de recursos, após as chuvas, para poder recuperar os prejuízos“, destacou Parcianello.

Na área da produção, levantamento feito pelos técnicos Carlos Humberto Oliveira Alves, do Escritório Municipal da Emater de Candiota, e Francisco de Assis Cavaliere Molina, da Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos Ltda (Cooptec), afirma que as condições de clima verificadas nos últimos 12 meses, com estiagem, vendavais e chuvas acima das médias “têm comprometido a garantia do sustento das famílias que vivem no interior, bem como a possibilidade de novos investimentos e a capacidade de honrarem seus compromissos”.

Mais adiante, informa que os ventos fortes de setembro, com velocidade próxima de 130 km/hora, “além de ter causado estragos em máquinas e equipamentos, nas lavouras e nas redes elétricas, causando prejuízos às famílias desde atividades econômicas até perdas de gêneros alimentícios, como carne, leite e derivados, estimado em cerca de R$ 3 milhões de reais”.

Já as chuvas de novembro, segundo o levantamento “têm causado enchentes, erosões, rompimento de barragens e açudes, arraste de cabeceiras de pontes e aterros, além de danos enormes nas estradas, lavouras, refletindo-se diretamente na renda das famílias. Preocupante são as previsões de mais chuvas até o final do mês, uma vez que os rios, barragens e solo estão saturados de água”.

“Se as previsões vierem a se confirmar, a tendência é de um agravamento deste quadro. Os prejuízos diretos já estão instalados na cultura do arroz, uma vez que a época de plantio está encerrando e praticamente todas as lavouras fatalmente deverão ser replantadas”, acrescenta Carlos Humberto Oliveira.

Prefeitos buscam ajuda em Brasilia

Os prefeitos de Candiota, Luiz Carlos Folador, Aceguá, Gehrard Martens e de Hulha Negra, Carlos Renato Teixeira Machado, reunidos na semana passada, decidiram buscar audiências no Ministério das Cidades e no Ministério da Integração Nacional, que estão sendo agendadas pelo líder do Governo na Câmara Federal, Henrique Fontana.

“Tambem já conversamos com o prefeito de Bagé, Luis Eduardo Colombo, e deveremos levar nossas reivindicações de forma conjunta do Governo Federal, na medida em que não possuímos recursos para recuperar a infra-estrutura de nossos municípios, fortemente abaladas por estas sucessivas e intensas chuvas”, antecipou Folador.

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