sexta-feira, 18 de junho de 2010

Governo do Estado autoriza estudos de viabilidade para complexo carboquímico na Jazida do Iruí

No dia 16 junho, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística (Seinfra), Companhia Riograndense de Mineração e a Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (SEDAI), formalizou protocolo de intenções com a empresa Contest Engenharia com o objetivo de desenvolver estudos para implantação de uma unidade industrial carboquímica na região de Cachoeira do Sul. O investimento chegará a US$ 1,8 bilhão, aproximadamente R$ 3,24 bilhões.

O empreendimento utilizará o carvão da Jazida do Iruí para geração termelétrica com tecnologia de queima limpa associada à produção de sulfato de amônia, componente de fertilizantes agrícolas. "A governadora Yeda Crusius tem privilegiado políticas públicas de apoio ao desenvolvimento, neste caso com incentivo à utilização de carvão mineral, matéria-prima que o Rio Grande do Sul guarda 90% da reserva do país", argumenta o secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade. 

A escolha da Mina do Iruí se baseia na facilidade de instalação de unidades geradoras próximo à mineração e ao fornecimento de água, assim como estão disponíveis ligações intermodais e gás natural para produção de amônia. "O fornecimento de carvão mineral para esta termelétrica não prejudica outro empreendimento programado para se instalar em Cachoeira do Sul", assegura o diretor-presidente da CRM Telmo Kirst. As concessões da CRM na Jazida do Iruí estão estimadas em 590 milhões de toneladas. A exploração da área foi paralisada na década de 80 à espera da abertura de novos mercados para o carvão daquela unidade.

A usina será composta por quatro unidades com capacidade instalada de 125 MW que irão gerar 500 MW de energia elétrica. Os gases resultantes da queima do carvão passarão por processo de dessulfurização, do que resultará a produção de 1.200 a 2.200 toneladas/ano de sulfato de amônia. Este componente será utilizado por uma fábrica associada ao empreendimento para produzir fertilizantes agrícolas e reagentes para química fina, como bicarbonato e carbonato de amônio, além de amônia para comercialização. "Nosso complexo produtivo não causará impacto ambiental, utilizará tecnologia limpa e transporte por hidrovia e ferrovia", anuncia o presidente da companhia investidora, Ruy Esteves. Na avaliação do secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Josué Barbosa, "o Rio Grande do Sul será beneficiado com um projeto de produção de energia renovável e começa a ser reconhecido como estado verde".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários passam por moderação e caso não enquadrarem-se na política de comentários serão rejeitados.

De maneira alguma será uma forma de barrar a participação dos leitores, mas sim como ja foi dito, de manter um debate de alto nível. Caso tenha dúvida consulte a Política de comentários.

Ao escrever, pense como se o proprietário do blog. E que você pode ser responsabilizado judicialmente pelos comentários.

Mesmo assim, antes de comentar, procure analisar se o seu comentário tem realmente algo em comum com o assunto em questão.

Obrigado e não deixe de comentar.