sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Coonaterra BioNatur na vanguarda

Achar sementes e mudas orgânicas de soja, milho e hortaliças no mercado interno é uma das tarefas mais difíceis para produtores envolvidos com a agroecologia. E esse não é um fenômeno nacional. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura (Mapa), Rogério Dias, a escassez de variedades produzidas sem agrotóxicos e fertilizantes químicos é um problema que atravessa fronteiras, tanto que há tolerância no uso de variedades convencionais em âmbito internacional.

A Coonaterra, Cooperativa de Candiota que comercializa sementes agroecológicas de hortaliças, gestora e responsável legal da BioNatur, está um passo à frente da instrução normativa 38, que estabelece normas técnicas para certificação Fitossanitára de Origem.

Isso faz dela um dos poucos fornecedores de sementes fiscalizadas orgânicas no país. As suas 80 variedades são homologadas pelo IBD-Certificações, que também chancela as propriedades das 200 famílias envolvidas na multiplicação dos materiais. A capacidade de processamento é de 20 toneladas por ano, que são comercializadas no Brasil e exterior, para orgulho dos candiotense.


O engenheiro agrônomo e responsável técnico da Cooperativa Agroecológica Nacional Terra e Vida (Conaterra), de Candiota, Eitel Dias Maicá, comemora os avanços da lei, principalmente no ponto em que limita a produção de sementes orgânicas a partir de organismos geneticamente modificados, mas acredita que deve haver mais avanços. "A normativa não condiciona os detentores dos bancos de germoplasma a desenvolver variedades orgânicas, o que vai obrigar multiplicadores a descontaminar o material durante um ano." O problema é que, às vezes, é preciso comprar sementes básicas de um ano para outro por uma questão de evolução genética. Na avaliação do agrônomo, a tendência é que a pesquisa se encarregue de desenvolver cultivares especificamente para a agroecologia.

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