quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Instalado comitê de planejamento do setor elétrico gaúcho

O Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (Copergs) foi instalado oficialmente nesta quarta-feira (3), em evento realizado na sede do Grupo CEEE, em Porto Alegre. O grupo, criado no início dos anos 2000 pela então secretária estadual de Minas e Energia Dilma Rousseff, tem o objetivo de estabelecer políticas do setor energético do RS, a partir das necessidades apontadas por diversos segmentos da sociedade nele representados. O presidente é o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, que destacou se tratar "da retomada de uma obra que a presidente Dilma estruturou". O Decreto nº 48.201, que institui o Copergs, foi publicado no Diário Oficial do Estado hoje. 


O Comitê reunirá secretarias, empresas e cooperativas com representação desse serviço social e também de desenvolvimento econômico, além de órgãos e segmentos com interesse na consolidação e fortalecimento do setor. "É um comitê que extrapola a esfera de Governo. É com a visão de um comitê de Estado, de todo o setor energético, que as pautas do Copergs serão orientadas", sustentou o secretário Beto Albuquerque. A nominata ainda não está definida, mas todos os participantes deverão estar estabelecidos e trabalhando para a próxima reunião, daqui um mês. A pauta começará a ser debatida esta tarde, durante o seminário sobre qualidade de energia no meio rural, onde as demandas das agroindústrias e das zonas rurais serão levantadas. 


Para o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, a iniciativa é de grande importância para garantir que o País tenha a energia necessária para solucionar os gargalos e garantir bom abastecimento à população. "Quando foi criado, o Comitê atuou num momento emergencial, em que o Brasil passava por uma crise global de energia, inclusive com racionamento, resultante da ausência do Estado no planejamento do setor elétrico. E é essa lacuna que se preenche com a instalação do Copergs", disse. Segundo ele, a maturação de um investimento no setor não dura menos de 10 anos. "Se o Estado tem um ‘surto' de crescimento num período curto, não há condições de atender a demanda e acabará freando o desenvolvimento se não houver políticas voltadas para a área", concluiu. 


O Copergs poderá contar com o apoio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A garantia foi feita pelo diretor de Operação, Ronaldo Schuck, que colocou à disposição os dados apurados pela rede hidrometeorológica sobre temporais que atinjam ou estejam por atingir o Estado, entre outros dados do sistema. "Podemos abrir espaço para estes institutos prestarem serviços a fim de estabelecer medidas preventivas, especialmente na área de distribuição, além de otimizar recursos a partir do que é apresentado por essas belas redes hoje subutilizadas no País". Segundo ele, o clima no Uruguai também é monitorado e pode receber atenção do Comitê, numa tentativa de prevenir as consequências dos eventos climáticos que chegam pela fronteira.

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