Simples? Nem um pouco! Para ter uma ideia da complexidade da COP17, imagine você e mais cinco amigos tentando decidir os sabores de duas pizzas que pretendem pedir para comer. Se chegar a um consenso, em um grupo pequeno de pessoas a respeito de uma questão relativamente simples – tudo depende do quanto você gosta ou não de pizza – já é complicado, imagine discutir medidas de redução de emissões que atendam aos interesses de 193 países diferentes?
Os debates da COP17 são um tanto quanto espinhosos e, para desmitificar essas discussões para o público – e, assim, envolver a sociedade nessa questão tão importante –, a organização OneClimate* produziu o vídeo Understanding the COP17 UN Climate Talks – in 3 minutes, que explica os pontos-chaves da Conferência em rápidos 180 segundos – dá para assistir enquanto você espera pela pizza que pediu e ainda sobra bastante tempo para papear com os amigos.
No filme, Adam Groves, membro da OneClimate, explica que o principal desafio da COP17 é começar a desenhar os contornos de um acordo climático global, com valor legal, que defina metas de redução de emissões para todos os países. Para isso seria necessário, em um primeiro momento, definir um segundo período para o Protocolo de Kyoto – que termina em 2012 –, em que as nações signatárias do documento, além dos EUA, assumem o compromisso de reduzir suas emissões de 25 a 40%, até 2020, enquanto os países em desenvolvimento adotam medidas de mitigação. Assim, já no início da próxima década, todas as nações estariam em um patamar de emissões razoavelmente equilibrado para definir um acordo climático global, com metas de redução para todos.
O que impede que isso aconteça na prática? A falta de cooperação internacional de todos os países participantes da COP17. Os signatários de Kyoto e os EUA não querem se sacrificar antes dos demais, enquanto as nações em desenvolvimento não acham justo que tenham, desde já, que assumir a mesma meta de redução de emissões dos desenvolvidos, considerados os principais responsáveis pelo atual cenário de aquecimento global. “É a mesma situação que vivemos quando vamos a um bar com amigos. Quando a conta chega, precisamos decidir se o pagamento será dividido entre todos por igual. Alguns concordam, mas outros não. Alegam que uns chegaram depois, outros beberam mais, alguns mal tocaram na comida… É justo todos pagarem a mesma quantia?”, compara Adam Groves no vídeo.
Diante dessa confusão, o membro da OneClimate afirma não acreditar que seja possível resolver todo esse impasse apenas na COP17, mas crê que bons avanços, rumo a um acordo climático global, podem acontecer. Parece impossível? “Talvez. Mas já dizia Nelson Mandela: ‘Sempre parece impossível, até que é feito’”, conclui Groves, no final do filme, que reproduzimos abaixo. Você concorda?
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