Preocupados com a iminente regulamentação da emenda 29, que fixa um percentual mínimo para gastos com saúde nas três esferas da federação, os governadores pressionam o Planalto por recursos específicos para a área.
O Planalto ensaia abrir o sepulcro e ressuscitar a CPMF, crismada com nova sigla: seria a CSS, Contribuição Social para a Saúde.
Os governadores estão ariscos a dar apoio ao milagre e os deputados federais também: em 2012 haverá eleições municipais e ninguém quer arcar com o desgaste de "inventar" mais uma tungada no bolso do respeitável público. Preferem que o reforço de caixa para a saúde venha de outras fontes, como das entradas do pré-sal, por exemplo.
No meio dos salamaleques a presidente Dilma chutou o balde e mandou dizer aos governadores que "ou é a CSS ou é nada".
Eu tenho insistido que é preciso mais recursos à saúde, todavia, dificilmente, mesmo em havendo mais recursos, a saúde vai melhorar se não sofrer um formidável choque de gestão em todos os níveis.
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