Não apoiar as pré-candidaturas de Raul Pont nem de Adão Villaverde e abrir mão da cabeça de chapa em favor de Manuela D’Ávila, do PCdoB, como quer o governador Tarso Genro, ou aliar-se com o PSD, recém-criado e sem definição ideológica, como admite o presidente municipal do PT, Adeli Sell que, aliás, retirou sua pré-candidatura, eis a questão colocada para o partido que já governou Porto Alegre por 16 anos seguidos e já exerceu controle hegemônico na política municipal.
Frente a este quadro complexo, algumas perguntas ficam pendentes de resposta. Raul Pont e/ou Adão Villaverde teriam disposição de aceitar uma candidatura a vice-prefeito? Teriam as bases petistas flexibilidade para deixar de lado a postura hegemonista, que histórica e legitimamente têm assumido em Porto Alegre? Teriam as lideranças petistas força política suficiente para convencer o conjunto do partido a apoiar Manuela D’Ávila ou José Fortunati? Seria, por fim, mais aconselhável, ainda que aparentemente menos prudente, afrontar as evidências das pesquisas e as avaliações dos dirigentes e reafirmar, mais uma vez, a presença e o peso petista em Porto Alegre para tentar virar a mesa e ganhar a eleição?
Sair do impasse em que o PT se encontra hoje é o grande desafio. Uma decisão precipitada ou incorreta poderá levar o partido ao brete do matadouro político, perdendo ainda mais força em Porto Alegre e diminuindo ainda mais sua presença no município.
Fonte: Sul21
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