Tabuleiro político de Candiota II

Opiniões surgiram, em algumas fontes de diferente vertentes, sobre a possível coligação PT-PMDB.

Se levarmos em conta o estilo individual dos competidores e a imprevisibilidade do desempenho e perspectivas de cada um, neste jogo inédito, evidente que nessa fumaça o fogo esquentou o mate que ocupou as bocas e liberou os ouvidos.

Pois bem, de acordo com o patriarca do xadrez soviético Mikhail Botvinnik, os quatro princípios básicos que formam a força de um jogador de xadrez são: o talento, um caráter forte, a saúde e a preparação especial.

Na política não é muito diferente. Com talento, caráter, boa saúde e uma preparação especial de campanha raramente não se chega a vitória.

A etapa inicial que no xadrez chamamos 'linha base', na política seria “início da campanha”.

Nesta fase um jogador de xadrez deve ter um repertório de abertura, na política além do repertório é fundamental o momento oportuno. Aqui PT, com candidatura posta desde o ano passado, e PMDB estudando o tabuleiro, usam táticas totalmente opostas.

Certo ou errado, o PT já caminha para o meio do jogo e o PMDB ainda elabora seu repertório de abertura.

No xadrez, sabemos que um verdadeiro mestre conhece muito bem as fases da disputa. Este rasgo não possui um aficionado e, portanto não domina completamente as técnicas de uma boa disputa, é muito propenso a cometer erros.

De início defender um peão aliado, na maior parte das vezes, é ruim porque bloqueia o desenvolvimento de suas próprias peças.

Uma jogada que ameace uma peça inimiga e obrigue ao contrário a defender-se é mais enérgica que aquela que simplesmente nos permite capturar um peão.

A propósito, não se deve capturar alegremente as peças oferecidas para serem sacrificadas, seja qual for a posição ou a oportunidade que nos dá o adversário.

Procure se fechar, porque o que normalmente vem é inevitável. Um xeque a descoberto. Para muitos um XEQUE COM FOGO AMIGO.

Outros ensinamentos do xadrez: não se deve dar “gosto ao adversário”. Muitas vezes ao propor trocar as damas, se perde a essência do seu ataque.

E o abandono. Há que abandonar. No xadrez, quando se está nesta situação, é preferível abandonar a gastar pólvora em “chimango”.