quinta-feira, 7 de abril de 2011

Energia para o Rio Grande crescer

Por: Elifas Simas 
Engenheiro, presidente da C.RM

Ligar a televisão ou acender uma lâmpada significa movimentar uma engrenagem da qual é difícil se ter a dimensão, tendo em vista toda a estrutura envolvida para que a eletricidade chegue até nós e proporcione todos os confortos da vida moderna. Por isso, a cada dia se torna mais urgente diversificar as fontes que compõem a matriz energética para trazer segurança para este processo. Ciente disso, o governo do Estado busca junto ao governo federal uma política de realização periódica de leilões A-5, o que permitirá maior participação de usinas termelétricas no sistema nacional. Hoje, apenas 3% da matriz energética do País é baseada no carvão, contrariando a tendência mundial que já chega a 39%. Só no Rio Grande do Sul estão localizados 90% das reservas nacionais, o que representa 5,376 bilhões de toneladas de carvão. Além de todo o potencial natural, existem atualmente cinco projetos termelétricos à espera de leilão que, se aprovados, representam US$ 7,8 bilhões em investimentos, sendo a maior parte na Metade Sul do Estado. Serão 2.550 MW e em torno de cinco mil empregos para uma região deprimida economicamente e que precisa retomar o caminho do crescimento, evitando o êxodo da mão de obra. 

Essa injeção de recursos atende à política de desenvolvimento do governador Tarso Genro para a Metade Sul, revertendo um ciclo de empobrecimento e possibilitando também a diversificação da vocação produtiva da região. Também irá reverter o problema do déficit energético do Estado, que precisa importar 65% do que consome. Neste sentido, as mineradoras, em especial a Companhia Riograndense de Mineração, estão aptas a atender novas usinas termelétricas que venham a compor o sistema nacional a partir da expansão da sua Mina de Candiota, da Mina do Iruí e do esperado fornecimento da Mina do Leão II. Hoje contamos com tecnologia suficiente para fortalecer a utilização desta riqueza natural do Rio Grande, com investimentos em recuperação ambiental e programas sociais, ampliando o potencial multiplicador do carvão gaúcho para geração de empregos, desenvolvimento e qualidade de vida.

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