segunda-feira, 5 de março de 2012

Mais Energia para o RS - Hidrelétricas de Garabi e Panambi

Um projeto de quase 40 anos terá etapa decisiva nesta semana, com a escolha do grupo que definirá o modelo de uma obra histórica para o país e, especialmente, para o Estado. Em duas estatais — Eletrobras, no Brasil, e Emprendimientos Energéticos Binacionales Sociedad Anónima (Ebisa), na Argentina —, técnicos trabalham em ritmo acelerado para cumprir um prazo: definir entre terça e quarta-feira o consórcio que vai estabelecerá o modelo de uma nova hidrelétrica binacional, moldada a exemplo de Itaipu. Consultada por Zero Hora, a Eletrobras confirma a previsão.

Há poucos dias, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, adiantou que os dois países devem criar uma nova estatal para administrar o projeto das usinas de Garabi, que deverá gerar 1.150 megawatts (MW), e Panambi, com potência prevista em 1.050 MW. Ainda falta definir vários detalhes, mas a Eletrobras garante que uma "premissa básica" é a preservação do Salto do Yucumã, considerado a maior queda d'água longitudinal do mundo e fonte de preocupação de ambientalistas e moradores da região. O complexo deverá trazer mudanças para uma dezenas de municípios gaúchos espalhados ao longo do traçado do Rio Uruguai, entre Derrubadas, ao Norte, e Garruchos, ao Sul.

No cronograma proposto para o complexo de usinas, está previsto um período de dois anos para entrega dos estudos e mais quatro anos para construção das duas barragens. Presidente do grupo CEEE, Sérgio Dias não descarta a participação da estatal nos projetos, mas pondera que ainda será preciso esperar pela definição do modelo:

— Por enquanto, a CEEE acompanha o desenvolvimento à distância que lhe é permitida. Manifestaremos interesse se tivermos condições no momento certo.

Dias considera importante o reforço de geração que a instalação das hidrelétricas representará no Rio Grande do Sul, mas adverte que ainda não é a solução definitiva para a instabilidade no abastecimento do extremo sul do Estado.

— O problema maior hoje é localização, não volume de geração — explica, detalhando que os gaúchos do extremo sul precisam contar ou com uma térmica, a gás ou a carvão, ou com uma linha de transmissão que alcance a região entre Bagé e Santana do Livramento.

Fonte: Jornal ZERO HORA

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