Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 15, no Plenarinho da Assembleia Legislativa um debate que discutiu alternativas de aproveitamento das jazidas de carvão mineral existentes no subsolo do estado. O debate, proposto pelo deputado Valdeci Oliveira (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Aproveitamento do Carvão Gaúcho, foi conduzido pelo presidente da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável, deputado Adilson Troca (PSDB).
Elifas Simas elogiou o parlamento por retomar o tema do carvão mineral como fonte de energia, pela repercussão que terá em toda a sociedade. Destacou que a Frente Parlamentar resultou de conversa com o presidente da Assembleia, Adão Vilaverde, idéia abraçada pelo deputado Valdeci, que conduz a discussão no foro adequado, a Assembleia Legislativa – “o que vai contagiar os gaúcho sobre a importância do carvão no desenvolvimento do Estado”. No entanto, ressalta que a discussão não pode ser esporádica e pontual, mas contínua para convencer o governo federal da necessidade da compra do carvão por meio dos leilões.
Segundo Elifas, temos aos nossos pés a possibilidade de geração de energia de um produto nosso e que depende exclusivamente de vontade política. “Nos próximos cinco anos o Estado precisa dobrar a sua produção energética e o carvão não pode ficar de fora”, concluiu. Nesse sentido o presidente da CRM entregou à Frente Parlamentar um documento sobre o aproveitamento do carvão mineral brasileiro no contexto do sistema interligado nacional e os leilões de Energia Nova A-5.
Já o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, Claudemir Bragagnolo, informou que o secretário Beto Albuquerque vem trabalhando ao lado do governador Tarso Genro para buscar a inserção do carvão na matriz energética brasileira. Segundo ele, a capacidade energética do estado está esgotada e a forma mais rápida de gerar energia é o carvão. “É indispensável a inclusão da energia térmica nos leilões A-5. Temos que unir forças para atingirmos os nossos objetivos”, lembrou.
Para o prefeito Luiz Carlos Folador, o potencial do país e do Rio Grande do Sul, na produção energética por meio desta matéria-prima, alcança grandes proporções. “Para que possamos garantir que esta empreitada possa ser desenvolvida e tenha sucesso precisamos incluir o carvão mineral nos leilões de energia A -5 do Governo Federal. Este é o grande passo”, destacou.
Também presente no evento, o presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Sereno Chaise, apontou que as tecnologias utilizadas atualmente garantem que o carvão produza uma energia considerada limpa. “Os investimentos tecnológicos atuais permitem a exploração e a ampliação da geração de energia a partir desta matéria-prima. A Fase C de Candiota, por exemplo, com todos equipamentos instalados produz esta energia considerada limpa”, salientou. Ainda, segundo Chaise, o tratamento ambiental é necessário em todo o empreendimento objetivado. “É algo ao qual não devemos descuidar. As tecnologias para garantir a preservação do Meio Ambiente já existem”, conluiu.
O Rio Grande do Sul possui, na atualidade, 90% do carvão mineral prospectado conhecido do Brasil. Mesmo assim, esta matéria-prima é responsável pela produção de – segundo estimativas – 1.6% da energia gerada no país. Em outros paises a porcentagem é bem mais elevada. A Alemanha, por exemplo, utiliza o carvão em 49% de sua produção energética.
No encerramento da audiência, o deputado catarinense Valmir Comin sugeriu que os estados se unissem e agendassem uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o ministro Gilberto Carvalho para solicitar a inclusão da modalidade de energia térmica nos próximos leilões A-5 da Eletrobras. Já Valdeci Oliveira, propôs que antes disso fosse mantido contato com o governador Tarso Genro para que ele assuma o comando do movimento ao lado das autoridades dos dois estados.
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