segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carvão Incluído no Plano Decenal de Energia - PDE 2020

Foto: Fabiana Calçada
A equipe técnica da Secretaria de Infraestrutura e Logística do RS (Seinfra), após debater com as vinculadas Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Companhia de Gás do Estado (Sulgás), protocolou, na tarde de quinta-feira (30), a sua contribuição ao planejamento do setor energético brasileiro, para a composição do Plano Decenal de Energia (PDE 2020). O encaminhamento das demandas do Estado atende a portaria nº 344 de 1º de junho de 2011, do Ministério de Minas e Energia, sendo que a proposta do PDE 2020 será elaborada pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério.

Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, a meta é tornar o Estado autossustentável na geração de energia. Para isso, os principais projetos giram em torno da expansão da geração de energia a carvão e da oferta de gás. Entre as propostas está a inclusão da energia a carvão nos leilões A-5. "Hoje importamos 65% de energia sem geração de ICMS, sendo que o Rio Grande do Sul dispõe de extensas jazidas de carvão mineral, classificadas com lavráveis, e que podem ser extraídas com finalidade termoelétrica", destacou Beto. Nos próximos cinco anos, de acordo com o secretário, o Rio Grande do Sul precisará dobrar a sua produção energética e o carvão é a forma mais rápida de gerar energia.

Beto Albuquerque destacou ainda, que hoje há legislações em todas as esferas, além de estudos e tecnologias, que resguardam o meio ambiente. "A participação do carvão mineral na matriz energética é de fundamental importância em diversos países, como na África do Sul (94%), China (81%), EUA (49%) e Alemanha (49%). Já no Brasil, com todas as jazidas lavráveis existentes, a participação do carvão mineral na geração térmica de energia elétrica ainda é insignificante, restringindo-se a 1,8%".

O Rio Grande do Sul também pretende ter a opção de uma nova fonte de fornecimento de gás natural (GN) para suprir o crescimento da demanda do produto, estimada para os próximos 20 anos. Atualmente, todo o gás consumido no Estado provem de uma única fonte, o Gasoduto Bolívia- Brasil (Gasbol), que se encontra próximo da sua capacidade de escoamento e representa um gargalo, sob o ponto de vista de suprimento, para o desenvolvimento da indústria de GN no Estado.

Entre as opções de novas fontes de fornecimento de GN para o RS, a alternativa proposta é uma planta de regaseificação de GNL em Rio Grande e a sua interligação, por meio de um gasoduto até o Gasbol. "A medida nos permitirá atender a novas regiões do Estado ainda não supridas por GN, dar mais segurança operacional ao sistema de suprimento e, por sua posição geo-energética estratégica, no futuro, nos tornará habilitados a uma possível exportação de energia elétrica e gás para o Uruguai e Argentina, a partir das reservas do pré-sal", destacou Beto Albuquerque.

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